sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Jó, O Barqueiro e a Morte.

Uma das maiores perguntas que nós fazemos para nós mesmos é: Para onde iremos? Que destino terá a nossa alma?
O homem pensa nessa questão desde dos tempos mais antigos.
Essa semana eu estava lendo Jó e me lembrei de uma figura da mitologia grega, O barqueiro.

O barqueiro sem dúvidas é uma tentativa de responder tal questão:
Para onde iremos nós?
Segundo a Mitologia Grega, após a nossa morte precisaríamos pagar ao barqueiro uma certa quantia para que ele faça a travessia da nossa alma no Hades, caso contrário ficaríamos agonizando durante 100 anos esperando chegar a outra margem do rio.
Por isso que em algumas civilizações se colocava moedas na boca do defunto.
E por que eu estou aqui falando tudo isso para vocês?
Muitos falam sobre a integridade de Jó, sobre ter a paciência de Jó ou sobre ter a prosperidade que Jó tinha, mas poucos falam sobre como Jó olhava para morte.
Certo dia os amigos de Jó foram conversar com ele, e na cabeça deles Jó  estava sendo castigado por Deus.
Jó insistentemente dizia aos seus amigos que não, que não era castigo, mas sim a vontade de Deus, porém os seus amigos se recusavam acreditar nisso.
Afinal de contas se eles adimitissem que Deus permitiria tamanha dor na vida de um homem sem que ele tenha feito nada para merecer, significaria dizer que tal coisa também poderia acontecer com eles.
Mas vamos voltar a figura do barqueiro, afinal de contas, que proveito teriam essas moedas, o que ele compraria com elas, qual a finalidade do barqueiro juntar riquezas?
Como eu disse no início do texto, essa história do barqueiro é mais uma tentativa de resposta para a grande questão: Qual destino terá a sua alma?
O homem diante de tal questionamento criou várias filosofias e religiões para responder essa pergunta, e uma delas é de que podemos de alguma forma comprar um lugar no céu.
Os amigos de Jó de certa maneira acreditavam que as suas boas obras e obediência eram o motivos de serem recompensados pelo Criador, e ainda hoje muitos vivem acreditando de que é possível comprar um lugar no céu, seja com dinheiro ou com caridade.
Mas Jó meus amigos, não pensava assim, Jó tinha plena consciência da soberania de Deus e tudo o que acontecia no Universo era controlado por Deus.
Jó sabia que ele era apenas pó e de que necessitava da graça de Deus.
É verdade que existe um preço a se pagar, é verdade que nós criaturas temos uma dívida com o nosso Criador.
Saber que existe uma dívida a ser paga após a nossa morte é uma parte da resposta para a nossa pergunta, então a ideia de que precisaríamos pagar o barqueiro para atravessar a nossa alma no Hades não é toda errada, o problema aqui é que o pagamento está sendo feito de forma errada e para a pessoa errada.
Eu quero que você entenda três coisas nesse texto:
1 - Não é possível comprar um lugar no céu, seja com dinheiro ou com caridade, mesmo que você dê todo o seu dinheiro aos mais necessitados, você não entrará no céu.
2 - Não existe outro deus além do Criador de todas coisas, nosso Pai Celestial, portanto o barqueiro não é um deus, é apenas mitologia, uma invenção humana.
3-  A coisa mais importante que você precisa saber neste texto é: existe uma dívida e ela precisa ser paga.

Próximo: Jó, o Barqueiro e a Morte - Parte II

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